Argo Navis, O Navio Argus


Olá!

Nesta Postagem, Caro Leitor,
encontre alguma informação sobre Argo Navis, o Navio,
através minha tradução direta e sintetizada
 do texto sobre esta antiga constelação
escrito por Richard Hinckley Allen
(e a inserção do texto original, em inglês).


Encontre também alguma informação 
sobre uma constelação inserida por Edmond Halley em Argo Navis, o Navio,
Robur Carolinum (O Carvalho de Charles),
porém ganhando a recusa de La Caille neste sentido
e, ao mesmo tempo, ainda sendo comentada por Bode 
e inserida por Burrit em seus mapas
e fazendo parte de várias outras ilustrações, no passado.


Ao final de nossa Postagem, Caro Leitor,
encontre meu texto
Uma Noite no Navio:
Alguns comentários meus
sobre nossa viagem no Navio
e nossas observações das constelações
 que vão se apresentando diante de nossos olhos
ao longo da noite.


Com um abraço estrelado,
Janine Milward




http://mexicanskies.com/constellations/argo-navis-johannes-hevelius.jpg




Mario Jaci Monteiro - As Constelações, Cartas Celestes


Mario Jaci Monteiro - As Constelações, Cartas Celestes


Ivan Konstantinovič Ajvazovskij (1817 - 1900)
“Ship in Stormy Sea” 1858






ARGO NAVIS, O NAVIO


Esta constelação representa o navio no qual Jasão trouxe o Velocino de Ouro para Colquita - e dizem que foi o primeiro navio a ser construído.

Esta constelação, o Navio, fazia parte do grupo de 48 constelações relacionado por Ptolomeu. 

La Caille, porém, dividiu o Navio em
Carina, Vela e Puppis: Quilha, Vela e Popa



6a. Edição do Atlas Celeste
de autoria de Ronaldo Rogério de Freitas Mourão,
Editora Vozes, Petrópolis, ano de 1986




Mario Jaci Monteiro - As Constelações, Cartas Celestes


Mario Jaci Monteiro - As Constelações, Cartas Celestes





Argo Navis era uma grande constelação meridional, representava o navio utilizado pelos argonautas em suas viagens. Foi dividida em Carina(quilha), Puppis (popa) e Vela (velame); as designações de Bayer, entretanto, não foram mudadas, de modo que α e β estão em Carina, γ e δ em Vela, ε em Carina, ζ em Puppis e assim por diante. Por outro lado, Pyxis, a constelação da Bússola, embora ocupe uma área que havia sido considerada como os mastros do Argo, possui designações de Bayer próprias.




VEJA AS ILUSTRAÇÕES ABAIXO
- realizadas no século XVII -
apresentando o Navio sempre sem Proa
e com esfumaçamento nesta área!


Ficheiro:Argo Navis Hevelius.jpg
Atlas Coelestis. Johannes Hevelius drew the constellation in Uranographia, his celestial catalogue in 1690.
Desenho de Argo Navis por Johannes Hevelius (1690)



The image for the "Historical Essay" is taken from Andreas Cellarius, Harmonia macrocosmica, 1661.



Julius Schiller, Coelum stellatum Christianum, 1627




SAIBA BEM MAIS
SOBRE ALGUNS DOS MITOS
RELACIONADOS AO NAVIO ARGO, ARGONAVIS:


http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Gazetteer/Topics/astronomy/_Texts/secondary/ALLSTA/Argo_Navis*.html

Richard Hinckley Allen, Star Names, Their Lore and Meaning, Dover Publications, Inc, New York, USA 



Segundo Allen, em seu livro Star Names, Their Lore and Meaning – fantástico livro e já em domínio público – e traduzindo literalmente, de forma simples e sintética, por mim, Janine:


Argo Navis, o Navio Argo

.....................
- geralmente simplesmente Argo – erroneamente denominado Argus, a partir de confusão com seu caso genitivo; e Navis é o alemão Schiff, o francês Navire Argo e o italiano Nave Argo.

Situa-se inteiramente no hemisfério sul, a leste do Cão Maior, ao sul do Monoceros e da Hydra, muitíssimo mergulhado na Via Lactea, e apresentando no horizonte de Nova York somente algumas de suas estrelas pouco importantes; porém cobrindo uma imensa extensão do céu, cerca de setenta e cinco graus ao todo, - Manilius denominando-o como Argo Nobilis – e contendo 829 componentes a olho nu.  O centro da constelação culmina em primeiro de março.

La Caille usou esta constelação para cobrir cerca de 180 letras, muitas das quais certamente duplicadas, de forma que suas anotações fossem adotadas no Catálogo da Associação Britânica mas que recentes astrônomos subdividiram esta figura de constelação por conveniência de sua referência e estas três divisões são agora conhecimentos como Carina, a Quilha, com 268 estrelas; Puppis, a Popa, com 313; e Vela, a Vela, com 248. Esta última é a Navegação  alemã.
…………………………

O Navio parece não ter Proa ....................
Segundo Aratos, a perda da Proa parece haver ocorrido

when Argo pass'd
Through Bosporus betwixt the justling rocks —
All Argo stands aloft in sky

Part moves dim and starless from the prow
Up to the mast, but all the rest is bright;

Quando Argo Navis passou através o Estreito de Bósforo e rochas desmoronaram,  o Navio foi virado e naufragou....; e subiu aos céus porém sem estrelas apresentando desde a Proa até o mastro.... mas todo o resto é brilhante!


A Mitologia diz que o Navio teria sido construído por Glaucus, ou por Argos, para Jasão, líder dos cinqüenta Argonautas – cujo número igualava aos remos do Navio -, ajudado por Pallas Athena que, ela mesma, colocou na Proa uma peça (que falava!) entalhada em carvalho de Dodona (para proteção). Desta maneira, o Navio Argo  foi dotado do poder de aconselhar e guiar os chefes formadores de suas equipes.  


(Neste momento, permito-me inserir
uma Ilustração mostrando a árvore de carvalho de Dodona)


http://mexicanskies.com/constellations/argo-navis-johannes-hevelius.jpg



O Navio Argo levou adiante a famosa expedição desde Iolchis, na Tessalia, até Aea, em Colchis, em busca do Velocino de Ouro.  Quando a viagem terminou, Athenas colocou o Navio no céu.

Uma outra tradição grega, de acordo com Eratosthenes, dizia que esta constelação representava o primeiro navio a singrar o oceano, e que ainda muito tempo antes de Jasão, levou Danaos com suas cinqüenta filhas do Egito até Rodes e Argos.

A tradição egípcia dizia que o navio era a arca que acolheu Isis e Osiris durante o Dilúvio.  Os Hindús pensavam a mesma questão para seus equivalentes Isi e Iswara. Sua tradição pré-histórica tornou o Navio em Argha, o Sol Caminhante sendo orientado por Agastya, a estrela Canopus.  Neste termo Sanscrito, Argha, podemos ver o nome Argos.  Lindsay, porém, deriva ARgo de arek, uma palavra simita, usada pelos fenícios, significando “grande” – tendo sio o primeiro navio lançado ao mar.

Sir Isaac Newton devotou muita atenção para o famoso Navio, fixando a data de sua construção em cerca de 936 depois de cristo, 42 anos após o Rei Salomão.

Entre os romanos, sempre foi Argo, o Navio, tendo Vitruvius escrito Navis quae nominatur Argo (o Navio chamado de Argo), mas Cícero denominou-o de Argolica Navis e Argolica Puppis; Germanicus chamou de ARgoa Puppis; Propertius, o poeta elegíaco do primeiro século de nossa era, chamou de Iasonia Carina.  Ovideo, de Pagasaea Carina e Pagasaea Puppis, advindo de Tessalia, um porto onde teria sido construído.  Manilius chamou de Ratis Heroum, o Herói Raft, Pagasaea.  Outros chamaram de Navis Jasonis ou Osididis, Celox Jasonis, Carina Argoa, Argo Ratis e Navigium Praedatorium, o Navio Pirata.  Ainda existem similariddes como Currus Maris, Carruagem do Mar, Currus Volitans de Catullus que dizia que no Egito havia sido chamado de Vehiculum Lunae.

Foi também conhecido como Equus Neptunius – na verdade, Ptololeu afirmou que era conhecido o Navio como um Cavalo pelos habitants da Azania, a moderna Ahan, na costa nordeste da Africa, sul do Cabo Gardafui.

Os árabes chamaram o navio de Al Safinah, um Navio, e Markab, algo que se cavalga e que até dois a três séculos atrás na Europa eram transcritos como Alsephina e Merkeb.
A tradição bíblica certamente denominou o Navio de Arca de Noé, Arca Noachi ou Archa Noae – assim como Bayer escreveu.  Jacob Bryant, o mitologista inglês do século passado, contou esta estória como a de Noé.  Na verdade, no século 17, Arca parece ter sido seu título mais popular.

Nos Ensaios de Hewitt, podemos encontrar uma referência às quatro estrelas que marcam os quatro cantos do céu em Zendavesta, os quatro Locapalas ou Alimentadores do Mundo, dos hindus.  Este autor diz que se trata de Sirius, ao leste, as sete estrelas da Ursa Maior, no norte, Corvo, no oeste, e Argo ao sul.  Ele intitula Argo como Sata Vaesa, os Cem Criadores – e tudo isso imaginado como se formando uma grande cruz no céu.  A concepção persa diferenciada aparece nos comentários sobre Regulus, estrela-alpha Leonis.
O asterimo chiens Tien Meaou provavelmente foi formado a partir de alguns components de Argos.

O Navio Argos pode ser visto em latitudes baixas não somente a partir de sua grande extensão e pelo esplendor de Canopus como também por acolher a maravilhosa estrela Eta e sua Nebula (Eta Carinae).


Richard Hinckley Allen 
Star Names, Their Lore and Meaning
Dover Publications, Inc, New York, USA 

(tradução simples e literal minha, Janine)

.............................................

Author: Edmond Halley
Publisher: Typis T. James
Year: 1679
Possible copyright status: NOT_IN_COPYRIGHT
Language: Latin
Digitizing sponsor: Google
Book from the collections of: University of Michigan
Collection: americana
https://archive.org/details/catalogusstella00hallgoog






LEIA O TEXTO ORIGINAL:


Richard Hinckley Allen, Star Names, Their Lore and Meaning, Dover Publications, Inc, New York, USA 

http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Gazetteer/Topics/astronomy/_Texts/secondary/ALLSTA/Argo_Navis*.html
So when the first bold vessel dar'd the seas,
High on the stern the Thracian rais'd his strain
While Argo saw her kindred trees
Descend from Pelion to the main.
Transported demi-gods stood round.
Pope's Ode on St. Cecilia's Day.

Argo Navis, the Ship Argo,

generally plain Argo, — erroneously Argus, from confusion with its genitive case, — and Navis, is the German Schiff, the French Navire Argo, and the Italian Nave Argo.
It lies entirely in the southern hemisphere, east of Canis Major, south of Monoceros and Hydra, largely in the Milky Way, showing above the horizon of New York city only a few of its unimportant stars; but it covers a great extent of sky, nearly seventy-five degrees in length, — Manilius calling it nobilis Argo, — and contains 829 naked-eye components. The centre culminates on the 1st of March.
La Caille used for it nearly 180 letters, many of them of course duplicated, so that although this notation was adopted in the British Association Catalogue, recent astronomers have subdivided the figure for convenience in reference, and now know its three divisions as Carina, the Keel, with 268 stars, Puppis, the Stern, with 313, and Vela, the Sail, with 248. This last is the German Segel.
La Caille, moreover, formed from stars in the early subordinate division Malus, the Mast, Pyxis Nautica, the Nautical Box or Mariner's Compass, the German See Compass, the French Boussole or Compas de Mer, and the Italian Bussola; and this is still recognized by some good astronomers as Pyxis.
p65From other stars Bode formed Lochium Funis, his Logleine, our Log and Line, now entirely fallen into disuse.
The Ship appears to have no bow, thus presenting the same sectional character noticeable in Equuleus, Pegasus, and Taurus, and generally is so shown on the maps. It was in reference to this that Aratos wrote:
"Sternforward Argō by the Great Dog's tail
Is drawn; for hers is not a usual course,
But backward turned she comes, as vessels do
When sailors have transposed the crooked stern
On entering harbour; all the ship reverse,
And gliding backward on the beach it grounds.
Sternforward thus is Jason's Argō drawn.
This loss of its bow is said to have occurred
when Argo pass'd
Through Bosporus betwixt the justling rocks —
the Symplegades, the Cyanean (azure), or the Planctae Rocks at the mouth of the Euxine Sea. Yet Aratos may have thought it complete, for he wrote:
All Argo stands aloft in sky,
and
Part moves dim and starless from the prow
Up to the mast, but all the rest is bright;
and it has often been so illustrated and described by artists and authors. The Alfonsine Tables show it as a complete double-masted vessel with oars, and Lubienitzki, in the Theatrum Cometicum of 1667, as a three-masted argosy with a tier of ports and all sails set full to the wind.
Mythology insisted that it was built by Glaucus, or by Argos, for Jason, leader of the fifty Argonauts, whose number equaled that of the oars of the ship, aided by Pallas Athene, who herself set in the prow a piece from the speaking oak of Dodona; the Argo being "thus endowed with the power of warning and guiding the chieftains who form its crew." She carried the famous expedition from Iolchis in Thessaly to Aea in Colchis,1in search of the golden fleece, and when the voyage was over Athene placed the boat in the sky.
Another Greek tradition, according to Eratosthenes, asserted that our constellation represented the first ship to sail the ocean, which long before p66Jason's time carried Danaos with his fifty daughters from Egypt to Rhodes and Argos, and, as Dante wrote [Paradiso, XXXIII.96],
Startled Neptune with the aid of Argo.
Egyptian story said that it was the ark that bore Isis and Osiris over the Deluge; while the Hindus thought that it performed the same office for their equivalent Isi and Iswara. And their prehistoric tradition made it the ship Argha for their wandering sun, steered by Agastya, the star Canopus. In this Sanskrit argha we perhaps may see our title; but Lindsay derives Argo from arek, a Semitic word, used by the Phoenicians, signifying "long," this vessel having been the first large one launched.
Sir Isaac Newton devoted much attention to the famous craft, fixing the date of its building about 936 B.C., forty-two years after King Solomon.
With the Romans it always was Argo and Navis, Vitruvius [IX.5.2] writing Navis quae nominatur Argo: but Cicero called it Argolica Navis andArgolica Puppis; Germanicus, Argoa Puppis; Propertius, the elegiac poet of the 1st century before our era, Iasonia Carina [II.24b]; Ovid, Pagasaea Carina [Met. XIII.24] and Pagasaea Puppis [Met. VII.1], from the Thessalian seaport where it was built; Manilius, Ratis Heroum, the Heroes' Raft, Pagasaea
which now midst Stars doth sail;
and others, Navis Jasonis, or OsiridisCelox JasonisCarina ArgoaArgo Ratis, and Navigium Praedatorium, the Pirate Ship. While somewhat similar are Currus Maris, the Sea Chariot, the Currus Volitans of Catullus, who said that in Egypt it had been the Vehiculum Lunae.
It also was Equus Neptunius; indeed Ptolemy asserted that it was known as a Horse by the inhabitants of Azania, the modern Ajan, on the northeastern coast of Africa, south of Cape Gardafui.
The Arabians called it Al Safīnah, a Ship, and Markab, something to ride upon, that two or three centuries ago in Europe were transcribedAlsephina and Merkeb.
Grotius mentioned Cautel as a title for Puppis, "from the Tables," but he added Hoc quid sit nescio.
The biblical school of course called it Noah's Ark, the Arca Noachi, or Archa Noae as Bayer wrote it; Jacob Bryant, the English mythologist of the last century, making its story another form of that of Noah. Indeed in the 17th century the Ark seems to have been its popular title.
In Hewitt's Essays we find a reference to "the four stars which marked the four quarters of the heavens in the Zendavesta, the four Loka-pālas, or "nourishers of the world," of the Hindus; and that author claims these for p67Sirius in the east, the seven stars of the Greater Bear in the north, Corvus in the west, and Argo in the south. He gives the latter's title as Sata Vaēsa, the One Hundred Creators; all these imagined as forming a great cross in the sky. The differing Persian conception of this appears in the remarks on Regulus, — α Leonis.
The Chinese asterism Tien Meaou probably was formed from some components of Argo.
The constellation is noticeable in lower latitudes not only from its great extent and the splendor of Canopus, but also from possessing the remarkable variable η and its inclosing nebula.
Near the star z′ Carinae appeared, between March 5 and April 8, 1895, a nova with a spectrum similar to those of the recent novae in Auriga and Norma.


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Robur Carolinum, Charles' Oak


Author: Edmond Halley
Publisher: Typis T. James
Year: 1679
Possible copyright status: NOT_IN_COPYRIGHT
Language: Latin
Digitizing sponsor: Google
Book from the collections of: University of Michigan
Collection: americana
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Richard Hinckley Allen, Star Names, Their Lore and Meaning, Dover Publications, Inc, New York, USA 




Robur Carolinum, Charles' Oak,

the Quercia of Italy and the Karlseiche of Germany, was formally published by Halley in 1679 in commemoration of the Royal Oak of his patron, Charles II, in which the king had lain hidden for twenty-four hours after his defeat by Cromwell in the battle of Worcester, on the 3d of September, 1651. This invention secured for Halley his master's degree from Oxford, in 1678, by the king's express command. But La Caille complained that the construction of the figure, from some of the finest stars in Ship, ruined that already incomplete constellation, "and the Oak ceases to flourish after half a century of possession," although Bode sought to restore it, and Burritt incorporated it into his maps, assigning to it twenty-five stars. Halley's 2d‑magnitude α Roborisº was changed to β Argūs, now in Carina.
Reeve's list of Chinese star-titles has only one entry under Robur —
Nan Chuen, the Southern Ship, θ, etc., but doubtful, incorrectly laid down.

http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Gazetteer/Topics/astronomy/_Texts/secondary/ALLSTA/Robur_Carolinum*.html



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LEIA MAIS SOBRE O CARVALHO DE CHARLES
ROBUR CAROLINUM
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ESA /AOES Medialab
GOCE IN ORBIT
O NAVIO NAVEGANDO NO ESPAÇO



ESA /AOES Medialab

GOCE IN ORBIT
O NAVIO NAVEGANDO NO ESPAÇO



A meu ver, o mito sempre é estruturado em uma verdade; 
verdade essa contada a partir da formalização de um mito 
e essa formalização não pertence singularmente a um ser somente,
 bem ao contrário,
 faz parte da mente de muitos seres 
que comungam de uma mesma compreensão sobre uma mesma verdade 
e que, ao comunicarem entre si sobre estas questões, 
fazem acontecer o mito, 
trazem o mito de seus inconscientes para se tornar um mito consciente.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward










UMA NOITE NO NAVIO



Alguns comentários meus
sobre nossa viagem no Navio
e nossas observações das constelações
 que vão se apresentando diante de nossos olhos
ao longo da noite.

Janine Milward


É sempre uma real emoção quando entram no meu céu de horizonte sudeste 
algumas estrelas e suas constelações, bem ao sul 
- certamente me fazendo muito feliz por viver no hemisfério sul 
e na Latitude 21S52 e Longitude 43W00!  

Este é o caso para Achernar, estrela-alpha Eridanii, por exemplo, 
que já traz consigo a promessa da chegada do Gigante Órion
 juntamente com uma parte do céu estrelado que se mostra bem expressiva, 
preenchida por estrelinhas esfumaçadas que pavimentam a Via Lactea 
e não nos deixando saudades das estrelinhas tímidas - 
porém sempre muito interessantes - 
que fazem parte de Aquarius, o Aguadeiro, e de Pisces, os Peixes...   

Porém, a entrada em cena do monstro Cetus, a Baleia, logo nos traz de volta ao Cosmos
 - quer dizer, saímos do caos de estrelinhas em ziguezague formadas pelo Aguadeiro
 e entremeadas pelas Cabeças dos Peixes 
(situações que podem ser bem visualizadas somente em lugares de céus escuros e transparentes) 
e tendo, ainda ao sul, a belíssima Fomalhaut, estrela-alpha Pisces Austrinus,
 presença realmente brilhante e marcante!

 Certamente,  olhando ao norte, a presença do Cavalo Alado Pegasus é bem interessante 
em seu desenho de grande quadrado sendo avizinhado pela presença emocionante da Princesa Acorrentada, Andromeda, 
que em seu ventre acolhe nossa galáxia-irmã-quase-gêmea, Andromeda... 
com a qual estaremos nos fusionando alguns bilhões de anos, no futuro...

Ao vermos o Grande Quadrado de Pegasus, ao norte, 
podemos fazer uma linha quase reta dirigindo-se para o sul 
para então encontrarmos com outras duas galáxias também irmãs nossas: 
As belíssimas Nuvens de Magalhães 
(que sempre podem ser vistas a olho nu em lugares de céus escuros e transparentes
 - aqui no Sítio das Estrelas eu sempre me disponho a contemplá-las 
e sempre sabedora que os minhocas-da-terra, moradores originais da orça, 
a chamam de As Mulas do Presépio de Jesus!).



Programa Stellarium


Achernar faz acontecerem as linhas sinuosamente desenhadas por estrelinhas também tímidas 
realizando o Rio do Céu, o Eridanus, 
que corre até a belíssima Rigel, estrela-beta Orionis, 
um dos pés do Gigante Órion! 

 E também, com a promessa de entrada em cena do Gigante Órion,
 teremos a certeza de que o Navio, 
cujo capitão-motorneiro é Canopus, estrela-alpha Carinae/Argus, 
também apontará no horizonte sudeste 
e já trazendo consigo a promessa da chegada, 
logo depois, da belíssima rainha das estrelas, Sírius, 
a mais linda, estrela-alpha Canis Majoris....  

E sempre o Gigante Órion estará testemunhando este cenário
 juntamente com as Plêiades, em Touro, 
e as Hyades acolhendo a belíssima gigante vermelhona/alaranjada e Alpha Tauri, Aldebaran!  

Ainda bem mais ao norte, sempre Capella, estrela-alpha Aurigae, 
estará atuando como se fosse um farol, sempre chamando nossa atenção!


Programa Stellarium



Com o andamento da noite, 
entram em cena constelações bem interessantes... 
enquanto outras, também interessantes começam a se retirar, 
caindo no horizonte oeste... mas sempre prometendo retornar na noite seguinte, 
que bom.

Sabemos que um tantinho quase ao centro do Grande Quadrado do Cavalo Alado Pegasus
 e bem próximo a uma das Cabeças dos Peixes, 
existe o entrecruzamento das Linhas da Eclíptica e do Equador Celestial:
 o Ponto de um novo começo, o Ponto Vernal,
 o começo da primavera para o hemisfério norte e do outono para o hemisfério sul.

O mito de Andromeda e Perseus
(acompanhados por Cepheus e Cassiopeia e ainda por Pegaus e Cetus) 
vem terminando e trazendo à cena a terra firma pisada pelo Carneiro, 
com suas duas estrelas simpáticas, Alpha e Beta Arietis.  

Taurus, o Touro, também pasta nestas terras firmes 
e sempre nos encantando com a beleza das Plêiades 
que mais se parecem com um tercinho de estrelas 
o qual não paramos de rezar e de agradecer aos céus estrelados 
por tanta beleza e tanta delicadeza!  
O Olho Iluminado do Touro, estrela-alpha Tauri, Aldebaran, entra em cena 
e fazendo parte das Hyades (apenas aparentemente, porém!)
 - que sempre me parecem como uma arvorezinha de natal

Os Gêmeos fazem a festa em sua conversa eternizada 
entre suas estrelas Alpha e Beta Gemini, Castor e Pollux, o primeiro gêmeos terrestre 
e o segundo, gêmeo celeste!

Podemos, então, perceber que Argo Navis, o Navio Argos, já se apresenta por inteiro, em Quilha (Carina), Popa (Puppis) e Vela 
e sua estrela-alpha, Canopus, vem dirigindo o Navio como se fizesse uma longa curva nos céus do sul... 
e sempre trazendo consigo o esfumaçado de estrelinhas e objetos difusos 
e reunidos da Via Lactea ainda cortando o Cão Maior, o Gigante Órion,

Programa Stellarium



Sempre em tempos em que a Lua não está presente
 e em lugares de céus escuros e transparentes, 
é uma alegria incrível nos depararmos com o Caraguejo apresentando-se
 através seu berçário de estrelinhas-bebês, O Presépio
 - também chamado de Colmeia de Abelhas!

Se bem percebermos, mais ao sul do Caranguejo vamos encontrar uma estrela alaranjada
 - estrela-alpha Hydrae, o Coração do animal rastejante
 que vai se insinuando em estrelinhas super tímidas 
através os lugares mais ao sul do garboso Leão com Regulus, sua estrala-alpha, 
sempre fulgurante,
 bem como a Virgem carregando o feixe de trigo através sua estrela-alpha Spica.

A visão da Hydra rastejando em linha sinuosa em longo caminho nos céus estrelados é realmente uma visão maravilhosa
 - pois que a Hydra se insere entre as constelações do Zodíaco descritas mais acima
 e ainda traz consigo, ao norte, o Sextante, a Taça e o maravilhoso voo do Corvo! .....
 E, ao sul, a Hydra segue o mesmo caminho do Navio, 
vai acompanhando o doce ondular de ondas que Argo Navis vai realizando
 em seu movimento em curva, do sudeste ao sudoeste....  
(e eu ainda sempre admiro e observo este mesmo movimento de voo do Corvo!).

Programa Stellarium



Com o caminhar das estrelas da noite, 
observamos que Argo Navis vem também anunciando a entrada em cena do Centauro
 (acolhendo todos seus fantásticos mistérios.... como o Agrande Atrator, por exemplo, 
e a imagem emocionante de Omega Centauri).  

Não tem quem no hemisfério sul não conheça as estrelas Alpha e Beta Centauri, Rigel Kent e Hadar
 - algumas pessoas sabem que Rigel Kent é um sistema Triplo
 e que uma dessas estrelas é a Proxima Centauri 
e assim chamada por ser a estrela mais perto de nossa própria estrela, nosso Sol!..., 
muito próxima estrela, realmente, 4 e pouquinho anos-luz, logo ali, 
no quintal ao lado de nosso quintal, o Sistema Solar onde habitamos!

E não tem quem no hemisfério sul não conheça o Cruzeiro do Sul! 
 Existem poucos lugares no céu que são realmente conhecidos por todos: 
as chamadas Três Marias - Mintaka, Alnitak e Alnilan, o Cinturão do Gigante Órion
 - e o Cruzeiro do Sul!  
(Certa vez, retornando de uma viagem à Europa, o avião fez uma escala nas Canárias....
 e qual não foi minha alegria quando olhei para o céu 
e pude reconhecer o Cruzeiro do Sul me trazendo as boas-vindas: 
eu estava já em casa!  
É bem assim mesmo: o Cruzeiro do Sul nos traz o tom de estarmos em casa
 - para os moradores do hemisfério sul, é claro!

Programa Stellarium



Eu penso que toda a trajetória de Argo Navis, o Navio Argus, nos traz muitas emoções 
e uma dessas emoções intensas é o fato de que a Via Lactea se faz presente ao longo de seu trajeto, 
cortando os céus estrelados desde sua chegada no horizonte sudeste 
e já em meio à fumaça de estrelas e objetos advindos desde Perseus e Auriga, ao norte,
 perpassando por Órion, por Cão Maior... 
e ainda seguindo um novo caminho, alcançando o Centauro, 
e buscando pelo Escorpião 
e pelo lugar que nos leva ao centro da Galáxia, 
já nas imediações vicinais ao Sagitário  
e pegando carona, no Great Rift, o Rio do Vazio da Via Lactea,
 nas asas de Aquila, a Águia, 
e indo até, de um lado, a belíssima Lyra e sua estrela-alpha Vega, 
e, de outro lado, a também maravilhosa Cygnus, abrindo suas asas
 e terminando seu alçar de voo através sua estrela-alpha, Deneb.

Programa Stellarium





Saiba mais sobre Argo Navis, o Navio
 - desmembrado em 
Carina, Vela e Pôpa -,
 acessando meu Trabalho em
http://sobreargonavis.blogspot.com.br/



Os desenhos formados pelas estrelas 
são como janelas que se abrem para a infinitude do universo
 e que possibilitam nossa mente a ir percebendo que existe mais, bem mais, 
entre o céu e a terra... 
 bem como percebendo que o caos, 
vagarosamente,
 vai se tornando Cosmos 
e sendo por nossa mente conscientizado.  

Quer dizer, nossa mente é tão infinita
 quanto infinito é o Cosmos.

COM UM ABRAÇO ESTRELADO,
Janine Milward

VISITE MINHA PÁGINA
DA TERRA AO CÉU E AO INFINITO
http://daterraaoceueaoinfinito.blogspot.com.br/



Hemisphaerium Coeli Australe in quo Fixarum loca secundum Eclipticae ductum ad anum 1730 . .

Hemisphaerium Coeli Australe in quo Fixarum loca secundum Eclipticae ductum ad anum 1730 . . 
Nice example of Johanne Doppelmayr's map of the Southern Skies, with the constellations shown and the various stars illustrated in gold. Dopplemayr's decorative celestial chart illustrates the southern sky form the south ecliptic pole to ecliptic. The constellations are delineated based upon the catalogue of Johannes Hevelius and include Orion, Scorpio, Taurus, Eridanus and the Southern Cross. The constellations include some unusal additions, including the Peacock, Toucan, and a lovely unicorn called Monoceros.



The Hand of God
Image Credit: T.A. Rector/University of Alaska Anchorage, T. Abbott and NOAO/AURA/NSF
http://annesastronomynews.com/annes-picture-of-the-day-cometary-globule-cg4/



http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:EtaCarinae.jpg

Nathan Smith (University of California, Berkeley), and NASA